Ponto de partida, ponto de encontro: El eco de mi madre, de Tamara Kamenszain

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Danielle Magalhães

Resumen

Este ensaio pretende trazer modos de ler El eco de mi madre, de Tamara Kamenszain, compreendendo o livro como um duplo eco e percorrendo suas ressonâncias e dissonâncias ao buscar o que se desloca da escuta para a escrita: por exemplo, como essa escrita traz marcas do ritmo de um trauma inscrito no corpo que ressoa o que foi emudecido na língua materna? O deslocamento, portanto, vai se configurando como operador das chaves de leitura: da ontologia (“ser”) para a convivialidade (“estar-com”), da estabilização do referente para uma posição cambiante do sujeito e do lugar enunciativos, do ponto de desarticulação da língua para uma ponte de encontro entre vivos e mortos, do ponto de desarticulação da prosa para o ponto de partida do verso, da fixidez do ponto final para a suspensão do ponto como um ponto de partida de um romance. Esses e outros deslocamentos vão se tecendo a partir de operações de corte e alinhavo do que se transmite ou não de uma língua, inventando outra que seja, a um só tempo, um idioma para falar tanto com mortos como com bebês.

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Cómo citar
Magalhães, D. (2023). Ponto de partida, ponto de encontro: El eco de mi madre, de Tamara Kamenszain. Orbis Tertius, 28(38), e278. https://doi.org/10.24215/18517811e278
Sección
Artículos
Biografía del autor/a

Danielle Magalhães, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil

Danielle Magalhães é formada em História pela Universidade Federal Fluminense e mestra e doutora em Teoria Literária pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atua como poeta e crítica, publicando poemas e ensaios em diversos peri´ódicos eletrônicos. Em 2018, lançou seu livro de poemas "Quando o céu cair", pela Editora 7Letras.

Citas

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